Um dos objetivos da Informática na Educação é o de conhecer as possibilidades de uso da informática. “Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização do professor com ele (com os alunos, que nessa questão, o mais das vezes, tomam conta de si mesmos). Para o professor se familiarizar com o computador, ele precisa usa-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula.
De acordo com Morán (2003), a teoria na educação é muito avançada, mas a prática está muito distante. No entanto, quando sensibilizado a trabalhar com a informática, o educador percebe-se um agente transformador da ação pedagógica e esta descoberta reflete-se rapidamente na elaboração de seu material didático e no planejamento de suas aulas. Este é o primeiro passo na direção do professor “abraçar” a informática na escola. Os autores Bruner, Dewey, Freire, Piaget, Skinner, Vigotsky, entre outros, oferecem as bases em que a interação da informática com a educação pode ser trabalhada, sendo modificada de acordo com a turma, com a metodologia adequada ao tema que será desenvolvido e com o Projeto Político Pedagógico da escola.
As aulas de informática podem propiciar aos alunos a oportunidade de aprender dentro do seu próprio ritmo, permitindo ao aluno trabalhar individualmente, em dupla ou em grupo. O professor deve fornecer as informações e/ou orientações preliminares acerca da atividade que será desenvolvida. Deve utilizar a interdisciplinaridade. Esta ocorre quando diversas disciplinas estabelecem reciprocidade e igualdade para a solução de um problema. É fundamentada na certeza de que a troca enriquece. Ao tentar solucionar uma determinada situação, o aluno vai colocar em ação os elementos teóricos de que dispõe sem se limitar, necessariamente, a um único campo do conhecimento, reorganizando-os de maneira a perceber uma solução ou uma nova necessidade. Por exemplo, os alunos que desenvolvem atividades no computador necessitam conciliar, pelo menos, alguns conhecimentos básicos de informática com outros específicos do tema em que estão trabalhando.
Uma das maiores vantagens em desenvolver uma pesquisa no computador é a economia de tempo. Por meio de uma enciclopédia eletrônica ou da Internet, é possível obter, em poucos segundos, a mesma informação contida em qualquer outro meio. No entanto, “pesquisar” não é “copiar”. Um texto transcrito da Internet para um editor de texto, anexado a uma capa de trabalho, jamais pode ser considerado uma pesquisa escolar. Isso é freqüentemente praticado pelos alunos, mas faz perder todo o sentido, o objetivo metodológico da aprendizagem.
O professor deve evitar cópias, falando aos alunos que elas não trazem nenhum benefício e conscientizar-se acerca da necessidade de problematizar os temas de pesquisa.
É fundamental que o professor forneça um roteiro de pesquisa, apresentado em tópicos ou perguntas. Também é recomendável, incluir sugestões de sites.
A pesquisa escolar pode ser individual ou coletiva, e pode ser interdisciplinar, no caso de reunir mais de uma disciplina. Os alunos podem gravar os endereços dos sites, os artigos e as imagens que selecionarem, assim como podem editar anotações no processador de texto. O professor atua como orientador, auxiliando os alunos pesquisadores a:
•Estabelecer critérios de busca;
•Definir prazos (para o planejamento e execução das pesquisas);
•Fazer uma seleção e classificação das informações;
•Organizar os resultados (através da realização de síntese);
•Elaborar uma apresentação dos resultados obtidos (alcançados) através da pesquisa realizada. O professor deve propor aos alunos uma situação-problema, ao invés de uma simples apresentação do tema da pesquisa, como por exemplo, no lugar de lançar o tema “água”, o professor pode elaborar uma questão ou problema: “Por que a água é importante para a vida do ser humano?”. Esse tipo de questão, leva o aluno a selecionar as informações colhidas, de maneira a responde-la e não apenas copiar o material da Internet.
De acordo com Almeida e Fonseca Júnior (2000) na construção de um projeto devem ser planejadas as seguintes etapas:
•Identificação de um problema;
•Levantamento de hipóteses, solução e prováveis respostas;
•Mapeamento do aporte científico (recursos materiais ou tecnológicos necessários);
•Seleção de parceiros;
•Definição de um produto (seria um site na Internet? Um trabalho impresso? Um CD-ROM?);
•Documentação e registro (um registro diário com anotações dos endereços consultados, livros, visitas, entre outros);
•Método de acompanhamento e avaliação;
•Publicação e divulgação (apresentar e divulgar os trabalhos na própria escola e fora dela, em simpósios, congressos, encontros, etc.
Publicado em 07/07/2007 11:05:00
Site: http//psicopedagogiaonline.com.br
O texto acima nos leva a conclusão de que sabemos que a informática na educação deve se integrar ao currículo na forma de uma ferramenta multidisciplinar, constituindo-se em mais uma possibilidade que o professor pode contar para a realização do seu trabalho, desenvolvendo atividades que propiciem uma reflexão por parte do aluno e realizando a interação entre as diversas disciplinas e os recursos que estas oferecem.Utilizando a informática a serviço de projetos educacionais, propiciamos ao aluno as condições de trabalharem a partir de temas ou atividades sugeridas em sala de aula, onde com os recursos tecnológicos poderão ampliar seu conhecimento e melhorar o aprendizado.A idéia de que qualquer instrumento de ensino, desde o mais simples até o mais complexo só será válido quando o professor souber "como" utilizar o mesmo. De que adianta a tecnologia se a forma de ensinar continua sendo a mesma?